domingo, 8 de novembro de 2009

Acre DF e Pernambuco

Poronga, Vereda e Travessia


O Telecurso e a metodologia da Fundação Roberto Marinho já foi e vem sendo implantada em outros estados. Cada qual com sua especificidade. Há muitas diferenças regionais, mas em comum, os números gigantescos da distorção idade-série.

Minha primeira participação no projeto foi em Rio Branco, no Acre, onde recebe o nome de Poronga, que significa "luz no caminho". Foi onde conheci a metodologia com a qual me identifiquei totalmente. 




A bela bandeira do Acre



Uma Poronga

A poronga é uma lamparina a querosene fixa em um aro que o seguingueiro coloca na cabeça para iluminar seu caminho nos ramais onde entra ainda com a escuridão da madrugada. Fiz questão de comprar uma para a minha coleção de lampiões e lamparinas. Ir ao Acre era um sonho.


A Cobra Grande na Casa dos Povos da Floresta

Nos intervalos de almoço consegui visitar a Casa dos Povos da Floresta e o Parque da Maternidade, o Palácio Rio Branco, o Museu da Borracha, o Memorial dos Autonomistas.


O grande Chico Mendes na Praça dos Povos da Floresta


Deu pra conhecer um pouco da história local, tão rica e dramática.À noitinha, a beira do Rio Acre com seu casario histórico restaurado e a bela ponte iluminada oferece um delicioso momento de lazer.



O casario da beira do rio Acre


A ponte de pedestres


O rio Acre



Nessas viagens a gente aprende a aproveitar muito o bem o pouco tempo livre que sobra (quando sobra!). No dia de meu regresso, como meu vôo era às 14 Hs, levantei bem cedinho e consegui visitar a praça onde tomei um Tacacá, o Mercado, onde comprei farinha e pimenta de cheiro,



a Biblioteca Marina Silva


e ainda pude acompanhar um desfile de abertura da Expo Acre na Gameleira, o centro histórico de Rio Branco, na beira do rio.


A gameleira

Comitivas a cavalo, bois ajaezados e carros alegóricos com muita gente animada cantando e até mesmo fazendo churrasco na carroceria. As fazendas de gado ocupam boa parte do território acreano, substituindo a floresta, modificando a paisagem e transformando drasticamente a vida dos povos da floresta.




Na Usina de Artes, um espaço fantástico construído em uma antiga usina de beneficiamento de castanhas que oferece cursos gratuitos para a população. São oficinas de música, teatro, artes plásticas, cinema e rádio, entre outras. Coisa de primeiro mundo!
No meio de tanto esforço, algumas vezes conseguimos dar um passeio, conhecer um ponto turístico, relaxar numa piscina ou hidromassagem no hotel. Afinal, ninguém é de ferro!


Uma dessas vezes fomos convidados a passar o dia em Pirinópolis, GO. Lugar encantado, cheio de história, arte e cultura, natureza exuberante, que a gente fica com vontade de voltar com a família, pra explorar as cachoeiras, trilhas e festas populares. É lá que acontece a famosa cavalhada, que mobiliza toda a população durante muitos meses de preparativos.









Norma não resistiu!



Participei também do projeto em Brasília, onde estive em duas diferentes oportunidades. Lá, o projeto recebe o nome de Vereda. Atuei no Plano Piloto e em duas cidades-satélites: Recanto das Emas e Planaltina. O trabalho foi intenso, pela manhã em um pólo e à noite em outro. Poucas horas de sono, muito planejamento e avaliação.

Numa outra oportunidade passamos a tarde de sábado no "Tartaruga", um bar com música ao vivo, MPB de qualidade para ouvir e dançar. Uma farra só.



Também deu pra conhecer a feirinha da Torre e fazer um tour pelo DF, com direito a Palácio Alvorada, Esplanada dos Ministérios, Memorial JK, ponte sobre o Lago Paranoá, Catedral Metropolitana e o Santuário Dom Bosco.


Troca da guarda no palácio Alvorada






Na base da torre há uma feirinha, com muita coisa e personagens interessantes.




Em Pernambuco, participei do Travessia. Lá em Garanhuns o trabalho foi também muito intenso. Infelizmente não deu pra conhecer a cidade, nem mesmo o famoso Relógio das Flores. 



Bela arquitetura em Garanhuns


Tatiana e eu, matando as saudades!



Jô foi a parceira em Garanhuns


Em compensação, conhecemos um índio que lá estava para divulgar e vender o artesanato de sua tribo (Funiô), que conversou conosco, falou em sua língua e dançou pra nós. Dançar com ele foi o máximo!


No trajeto de Recife até Garanhuns deu pra ter uma idéia da geografia da região. Foi lá que decidi para de comer carne, algo em que já vinha pensando há algum tempo e que tomou forma depois de ver o gado magro e triste nos pastos do interior e as carnes penduradas nas vendas pelo caminho

Muitos acampamentos como estes pela estrada de Recife a Garanhuns










Andréa, Jô, Tatiana, Frederica, Márcia lá no fundo e alguém que não identifiquei

Em cada viagem destas conhecemos novas pessoas. Todos envolvidos com a questão da educação no país, batalhando por "uma educação para o desenvolvimento do ser", o eixo principal do projeto. Pessoas que não sabemos se ou quando vamos reencontrar, mas que deixaram sua marca em nossa vida. Formamos uma rede, uma teia de afetos, de sonhos compartilhados na esperança de um Brasil mais digno e justo com seus folhos.




Karen liderando o grupo em Pirinópolis!







Rubenísio e eu, parceiros no Plano Piloto
Nair, dançando o boi!

O grupo em Brasília


Maria do Carmo e eu. Parceria em Planaltina



Mabel e eu. parceria no Plano Piloto


No Recanto das Emas,Tatiana, eu, Frederica, Maria do Carmo, Dulce e Wander

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