Caiu na rede... É Peixe?
Com tanta informação disponível, podemos ter a impressão de estarmos - ou sermos - informados. Será?
Ler um (ou muitos) textos, assistir filmes, participar das redes sociais pode nos dar a errônea sensação de que fazemos - somos - parte de algo significativo e indispensável em nosso tempo.
Estudantes usam o recurso Ctrl C, Ctrl V e acreditam estarem fazendo um trabalho escolar. Professores exibem um filme em sala de aula e acreditam estarem usando novos recursos que enriquecem suas aulas. Mas basta "passar" um filme? Mandar ler um texto, realizar um trabalho de grupo?
O que faz sentido? Onde está a diferença que faz diferença?
Informação sem reflexão, sem conexão com a realidade, se perde no "lixo" que cai no esquecimento assim que a novíssima notícia entrar no feed de notícias...
A EAD veio com força criar novas possibilidades de ensino/aprendizagem. Comunidades de aprendizagem se formam no entrelaçar de redes, ideias, caminhos e possibilidades de interação.
Novos currículos, novas formas de construir conhecimentos.
Novos problemas também surgem nos processos colaborativos que nos levam a refletir sobre autoria e direitos autorais. Uma vez na rede... tudo pode acontecer - até mesmo nada, como já disse o poeta.
Na rede somos pescadores e o peixe, a isca e o anzol.
Fundamental é não perder o foco, o eixo. Saber o que se procura, com que objetivo.
Pesquisar por pesquisar, faz sentido?
Aprender a buscar, a navegar seguindo as estrelas, os mapas, as correntes, como os Maoris, os Chineses, os Vikings...
Ensinar/aprender a pensar, a escolher, a traçar os próprios caminhos de acordo com interesses e necessidades. Este parece ser o desafio não somente da EAD, mas da educação neste novo milênio!