quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Acabo de assistir este filme, que apresenta de modo contundente e emocionante o assunto que estamos abordando em nosso blog. Um soco no estômago daqueles que oprimem, estigmatizam, rotulam e destroem vidas de tantas crianças como o pequeno Ishaam. Quantos meninos como ele estão nas escolas do Brasil e do mundo, sendo agredidos, humilhados e chamados de burros, preguiçosos e incompetentes? Até quando a ignorância e arrogância dos burocratas da educação continuarão a excluir e acabar com a auto estima de tantos meninos e meninas dentro da escola? Assistam o filme e deixem aqui sua opinião, seu comentário. Chorei muito vendo o filme, me identifiquei em tantos momentos... lembrei de muitas crianças conhecidas e torço para que no caminho de cada uma delas haja um professor especial...





E um filme indiano de 2007, que no Brasil recebeu duas traduções: Como Estrelas na Terra e Somos Todos Diferentes. Nos Estados Unidos, foi exibido com o título: Every Child is Special (Todas as crianças são especiais).

Com direçao de Aamir Khan, que tambem faz o papel do professor substituto de artes que trabalha para transformar a vida do garoto Ishaan Awasthi,representado, de modo extraordinario, pelo ator mirim de 9 anos, Darsheel Safary.
Como Estrelas na Terra enfoca o problema da dislexia no garoto Ishaan, que passa por todo tipo de violência, em casa e na escola, até ser libertado do sofrimento pelo professor de artes. E um filme cheio de lirismo e poesia, musica encantadora. Tudo isto somado dão encantamento e magia à trama, o filme nos emociona e nos coloca diante da questão muito seria, da dislexia: – por que a sociedade tem muita dificuldade em lidar com as diferenças e a tendência em valorizar só quem age dentro dos padrões estabelecidos?
Ishaan vive o drama de ser diferente, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo.porque, por portar dislexia, as letras dançam na sua frente, tanto no quadro escolar quanto no caderno, não consegue acompanhar as aulas e prestar a atenção necessaria. É punido por indisciplina pela direção da escola e pelo pai, que resolve transferi-lo para um internato, onde será brutalmente tratado, apanhando de palmatória, até ser descoberto pelo professor de artes, que também sofreu em criança por ser disléxico, que oferece a Ishaan condições de expressar o seu talento.
A atitude do pai só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de se expressar como uma criança. Ele entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida, enfim. A filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava perturbando o garoto Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele menino que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver.


Fonte: http://pt.shvoong.com/entertainment/movies/2260815-somos-todos-diferentes-como-estrelas/#ixzz2AHNXJXQt

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estudantes da Espanha fazem passeata pela educação!
Precisamos copiar essa ideia!!


Os alunos secundaristas dos colégios públicos da Espanha iniciaram nesta terça (16) o primeiro de três dias de greve geral contra os duros cortes orçamentários aplicados na educação pelo governo de Mariano Rajoy. 




terça-feira, 2 de outubro de 2012

O dia de hoje foi pesado!Já saí para a ação de acompanhamento pedagógico na cidade do Rio de Janeiro me perguntando o que afinal está acontecendo nas escolas. Ontem, a notícia de uma professora baleada na porta de uma escola em São Paulo, vítima de um assalto. Um menino de 12 anos "cai" de uma janela do 5º andar do Colégio São Bento, uma das escolas mais tradicionais da cidade. A serviço de quem estão as escolas? Participando deste (e de tantos outros) acompanhamentos, visitando escolas em áreas urbanas, periferias e zonas rurais, encontramos quadros muito parecidos, fruto da violência social que vem sendo perpetrada há séculos... Alunos que não sabem ler chegaram ao ensino médio. Casos de agressão entre os alunos, entre eles e os professores. Chacinas em campus pelo mundo afora e até em escolas da cidade maravilhosa...

A visita de hoje foi bacana, emocionante. Um professor comprometido, acompanhando a transformação de seus alunos, pois acredita no afeto, no acolhimento. Conheceu as histórias de vida de cada um de seus alunos - coisa que antes, com turmas e mais mais turmas para "dar" aulas a cada 50 minutos não conseguia.
Meninos e meninas descobrindo o prazer de aprender, de conhecer coisas novas, de participar de aulas práticas, vivas, dinâmicas, agora já sabem fazer contas, agora conseguem ler um texto e entender do que se trata.

Mas chego ao hotel e encontro uma colega de equipe que, a caminho de seu trabalho, teve o carro abordado por bandidos armados e foi vítima de grande violência. O mais dramático, segundo ela, não foi o assalto em si, mas a situação de um dos meninos que, ao saber que ela é professora, entrou em choque. Começou a pedir aos outros bandidos a devolução de seus pertences e, agarrado nela, chorando convulsivamente, pedia perdão pelo que havia feito. Foram momentos tensos de grande emoção, onde os dois choravam, num abraço impactante. Minha colega disse que nunca mais vai conseguir esquecer aquele menino. Na delegacia, soube que o bando pode até ser eliminado, pois nas comunidades não se aceita que roubem professores.

E aqui continuo a pensar na escola e professor. E há escolas e escolas, professores e professores.
Uns, entram armados numa escola e fuzilam quem estiver pela frente. Outro, sabendo-se assaltante de uma professora agarra-se a ela e pede perdão.

E estamos nós, em plena ação "pelo desenvolvimento do ser", trabalhando pela educação, buscando apoiar professores em sua grande missão, que não é mais apenas dar aulas, transmitir informações ou conhecimentos, mas atuar para a formação de pessoas plenamente humanas, sensíveis, livres, críticas, que trabalhem conscientemente para um mundo melhor.

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